Como foi 2020 para os imóveis residenciais no Brasil?

20/01/2021

Como foi 2020 para os imóveis residenciais no Brasil?

Com o advento da pandemia do COVID-19, o ano de 2020 se mostrou algo muito desafiador, bagunçando o já tumultuado cenário econômico/político brasileiro e mundial. Ainda assim, algumas das medidas tomadas para evitar problemas econômicos mais severos, afetaram positivamente o preço médio dos imóveis residenciais.

2020: como foi para o mercado de compra e venda de imóveis residenciais?

Para começar, uma boa notícia: o preço de venda dos imóveis residenciais subiu em média, 3,67% no Brasil ao longo do ano de 2020. Este aumento foi o primeiro observado em quatro anos!

Os dados são do Índice FipeZap, o primeiro índice de preços de imóveis com abrangência nacional, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo Grupo ZAP. Esta pesquisa acompanha a variação no valor médio do metro quadrado do mercado imobiliário em 50 cidades brasileiras, com base em anúncios na internet.

O quanto a inflação afetou o preço médio nesse período?

A variação esperada dos preços ao consumidor, o índice IPCA, será divulgado ao longo de janeiro e a previsão é que fechará 2020 em 4,38%, com isto o preço médio de venda de imóveis residenciais encerrará 2020 com queda de 0,75% em termos reais. Na comparação entre a variação acumulada do Índice FipeZap e a inflação esperada, a expectativa é que o preço médio de venda dos imóveis residenciais encerre o período com queda real de 0,68%.

Caso queira ler um pouco mais a respeito da inflação no ano de 2020, leia uma de nossas publicações a respeito do comportamento da inflação brasileira.

Quais mudanças podemos observar no preço médio?

Os dados do FipeZap apresentaram queda nominal (desconsiderando a inflação) apenas em Recife, com desvalorização de 0,38% ao longo de 2020. As demais capitais monitoradas pelo Índice FipeZap registraram melhora de preços no último ano, destacando-se os aumentos observados em:

  • Brasília (+9,13%)
  • Manaus(+8,76%)
  • Curitiba(+8,10%)
  • Maceió(+7,90%)
  • Vitória(+7,49%)
  • Florianópolis(+7,02%)
  • Campo Grande(+5,91%)

Destaque para a região Sul, que obteve excelentes avanços, principalmente em Curitiba e Florianópolis.

A alta nos preços dos imóveis em 2020 acontece por medidas tomadas pelo governo para combater uma esperada crise econômica. Algumas dessas medidas tornou o mercado imobiliário mais atraente, destacando um cenário de juros baixos (os baixos na história), gerando maior procura e contratação de crédito imobiliário no país.

No gráfico abaixo, a linha em azul escuro mostra um início de reação do índice imobiliário em um cenário de inflação estável nos últimos 4 anos (linha azul claro). A linha amarela mostra um grande aumento do IGP-M, índice que sofre influências de outros indicadores e do dólar para seu cálculo.


Já o preço médio do m² residencial no país ficou em R$7.486,00 em dezembro de 2020. Os dados do FipeZap apontaram a capital Rio de Janeiro como o m² mais caro do país seguido de São Paulo e Brasília, respectivamente:

  • Rio de Janeiro: R$ 9.437/m²
  • São Paulo: R$ 9.329/m²
  • Brasília: R$ 7.985/m²

Na região Sul, o m² apresentou valores interessantes entre as três capitais, a saber:

  • Curitiba: R$ 6.498/m²
  • Florianópolis: R$ 7.419/m²
  • Porto Alegre: R$ 6.046/m²

No geral, entre todas as capitais monitoradas com menor preço médio do metro quadrado residencial em dezembro, destacaram-se:

  • Campo Grande: R$ 4.376/m²
  • Goiânia: R$ 4.483/m²
  • João Pessoa: R$ 4.515/m²

A seguir, informação de todas as capitais analisadas pelo FipeZap.

Respondendo à pergunta inicial

A crise atual está dificultando a vida de todo mundo, entretanto algumas oportunidades acabam sendo geradas e basta estar atento, verificar os dados e investir no melhor local possível. Neste caso, perceber como se comportou o mercado imobiliário no último ano, aliado a dados econômicos e análises dos especialistas, nos ajuda a entender o atual momento para tomar as melhores decisões e aproveitar desde o início movimentos de alta.

O Brasil apresenta hoje um cenário de queda de juros e rendimento das aplicações financeiras de Renda Fixa, alta volatilidade no mercado de Ações e subida dos preços dos imóveis em ritmo acima da inflação (em algumas cidades). Por isto, investir em imóveis é altamente recomendado, todavia, o ideal é que seja realizada uma avaliação completa de seu patrimônio, seu perfil de investidor e do imóvel que deseja adquirir. Após a pandemia, o cenário tenderá a mudar, fazendo com que toda uma nova análise seja necessária.

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