Fundos de renda fixa: o que são e como funcionam?

11/08/2020

Fundos de renda fixa: o que são e como funcionam?

Fundos de renda fixa

No post Você sabe como funciona um Fundo de Investimento?  explicamos, entre outros tópicos:

  • O que são esses fundos
  • Como eles são estruturados
  • Quais as suas diferentes classificações.
    • Entre essas classes, apresentamos os fundos de renda fixa, e é sobre eles que vamos falar hoje.

 

O que são fundos de renda fixa?

Conforme mencionado, os fundos de renda fixa investem, no mínimo, 80% de seu Patrimônio Líquido em ativos de renda fixa expostos à variação de taxa de juros doméstica, à variação de um índice de preços, ou ambos. Assim, a carteira desses fundos é composta por títulos que rendem uma taxa previamente acordada e eles são mais indicados para investidores que desejam correr menos risco.

 

Como funcionam os fundos de renda fixa?

De maneira geral, os fundos de investimento em renda fixa funcionam de maneira igual a outros fundos de investimento, ou seja, são uma comunhão de recursos sob a forma de condomínio onde os cotistas têm os mesmos interesses e objetivos ao investir no mercado financeiro. Dito de outra maneira, é como se um fundo de investimento fosse um condomínio, em que cada morador (cotista) possui um apartamento (cota). O objetivo desses moradores, ao pagar o aluguel (valor da cota), é que o síndico (gestor) faça o melhor uso desse recurso para que o condomínio permaneça em boas condições. Nesse caso, o gestor aloca, no mínimo, 80% dos recursos em títulos de renda fixa – títulos públicos, debêntures, certificados de depósito bancário (CDB), entre outros. Assim, os fundos de renda fixa “emprestam” o dinheiro dos investidores ao governo, às empresas e aos bancos ao adquirirem esses títulos.

 

Riscos

É importante notar que, não é por ser um fundo de renda fixa, que esses fundos não apresentem riscos. Por ter a sua rentabilidade atrelada à taxa de juros ou a índices de preços, esses são alguns dos principais fatores de risco. O risco de crédito – risco de uma das partes não honrar a dívida – também pode ser maior dependendo do fundo escolhido. Algumas vezes, inclusive, um fundo de renda fixa pode chegar a ter rentabilidade negativa, conforme explicado no post A Renda  fixa no cenário atual”.

 

Taxas dos fundos de renda fixa

Com relação aos custos, eles são os mesmos já apresentados no post anterior.  Todos os fundos de renda fixa possuem uma taxa de administração – utilizada para cobrir as despesas do fundo. A diferença dos fundos de renda fixa é que eles não podem cobrar taxa de performance, exceto quando se tratar de fundos de investimento destinado a investidor qualificado, ou for classificado como “Longo Prazo”.

 

Impostos cobrados

No que diz respeito à tributação, são dois os impostos cobrados nesse tipo de investimento: o Imposto de Renda e o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).

  1. IOF: Incide sobre os rendimentos apenas nos resgates realizados em um período inferior a 30 dias a partir do momento da aplicação. Podem variar de 96% a 0% dependendo do tempo da aplicação.
  2. Imposto de Renda: incide sobre a rentabilidade dos fundos, independente do tempo em que você mantiver a aplicação. O período de permanência só afeta a alíquota a ser paga. De maneira geral, quanto mais tempo durar o investimento, menor será a taxa do imposto.

Para efeitos de tributação, os fundos de renda fixa são divididos em longo prazo – composto por papéis com vencimento, em média, acima de 365 dias – e curto prazo – composto por papéis com vencimento, em média, abaixo de 365 dias. Nos fundos de curto prazo, as alíquotas variam de 22,5% – para aplicações de até 180 dias – até 20% – para aplicações acima de 180 dias. Já os fundos de longo prazo seguem a tabela abaixo:

Além disso, é importante notar que a cobrança do IR nos fundos de renda fixa é semestral. Isso é diferente dos outros fundos cuja tributação ocorre somente na hora do resgate. Assim, nos últimos dias úteis de maio e novembro, ocorre a cobrança do imposto, que é realizada a partir do recolhimento de cotas do fundo – sistema conhecido como “come-cotas”.

 

Classificação dos fundos de renda fixa

Por fim, os fundos de renda fixa podem ser classificados em diversas categorias dependendo do tipo de ativos em que aplicam – curto prazo, referenciados, simples, dívida externa, entre outros.

 

Curto Prazo

Fundos que aplicam em ativos com prazo máximo de 375 dias e o prazo médio da carteira tem que ser menor do que 60 dias.

 

Referenciados

Fundos nos quais 95% do patrimônio líquido devem estar investidos em ativos que acompanham determinado índice de referência. Por exemplo, um “fundo DI” deve manter 95% do patrimônio em ativos que acompanhem esse indicador.

 

Simples

Fundos que tem, no mínimo, 95% do patrimônio líquido em títulos da dívida pública federal ou em títulos de instituições financeiras com risco de crédito equivalente ao do governo.

 

Dívida Externa

Fundos que aplicam, no mínimo, 80% do patrimônio líquido em ativos financeiros representativos da dívida externa da união. Esses ativos podem cobrar taxa de performance

 

Crédito Privado

Fundos cuja carteira tem ao menos 50% de ativos em títulos privados, como CDB’s e debêntures. Geralmente são fundos que apresentam risco um pouco maior.

 

Agora que você já sabe o que são e como funcionam os fundos de renda fixa, não deixe de conferir o nosso próximo post que explicará as vantagens e desvantagens de investir nesses fundos. Ainda, caso tenha ficado interessado, não deixe de conhecer os fundos da casa.

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