Succession: o que a série nos ensina sobre planejamento patrimonial?

04/10/2022

Succession: o que a série nos ensina sobre planejamento patrimonial?

Succession

Vencedora da categoria “Melhor Série de Drama” do Emmy Awards de 2022, Succession retrata os conflitos experimentados por uma família em processo de sucessão. A aclamada série da HBOMax, cuja trama é inspirada em uma história real, traz ensinamentos importantes sobre planejamento patrimonial.

Qual a trama do seriado?

A narrativa é focada na Família Roy e seu império, um conglomerado de mídia e entretenimento chamado Waystar Royco. Na primeira temporada, somos apresentados a Logan Roy (Brian Cox), o patriarca que dedicou anos de sua vida para a construção dos negócios sempre atuando com mãos de ferro, e seus quatro filhos: Connor (Alan Ruck), Kendall (Jeremy Strong), Siobhan (Sarah Snook) e Roman (Kieran Culkin).

Cada um dos herdeiros tem planos de vida diferentes. O filho mais velho, Connor, possui um único interesse: é viver em seu rancho no Novo México. Kendall é o único que já trabalha na empresa familiar e, portanto, é o favorito ao cargo de sucessor. Siobhan é a única filha mulher e trabalha como conselheira de campanhas eleitorais, e o mais novo, Roman, é um verdadeiro bon vivant que não tem interesse na empresa.

Quando se aproxima seu aniversário de 80 anos, o patriarca da família, reconhecendo sua idade avançada e sentindo uma piora no seu estado de saúde, demonstra sinais de que é chegada a hora de passar a condução dos negócios à nova geração. Porém, o simples boato de um possível anúncio do sucessor já é suficiente para gerar diversos conflitos e atritos entre os quatro irmãos, que passam a tentar provar para o pai que são capazes de assumir o cargo de CEO (Diretor Presidente) da empresa da família. 

O conflito se intensifica quando Logan Roy resolve encerrar o assunto sobre sucessão declarando que não deixará o posto de CEO, praticamente declarando não confiar em nenhum de seus filhos para assumir o comando do seu tão amado império. A notícia não é bem recebida pelos filhos, que passam a travar diversas disputas pelo poder.

Consegue notar alguma semelhança da trama com a realidade? Confira, a seguir, o que podemos aprender com o seriado.

Afinal, o que a série Succession nos ensina?

 

A dramática série Succession nos apresenta uma realidade bastante frequente em empresas familiares: a ausência de preparo para o evento de sucessão.

A dificuldade em falar sobre sucessão faz com que muitas famílias acabem por negligenciar a necessidade de se planejar e iniciar um processo de sucessão e governança familiar. Esta falta de planejamento aumenta os riscos de dilapidação do patrimônio e de conflitos entre os membros.

A verdade é que o processo de planejamento e implementação de um plano de sucessão, dependendo da complexidade da família e do seu patrimônio, pode levar algum tempo. Mesmo assim, vale a pena se preparar: a construção de um plano de forma organizada e conjunta entre os membros da família permite uma maior união e consciência tanto no âmbito familiar quanto nos negócios.

O processo de sucessão começa com a definição dos objetivos dos patriarcas e dos herdeiros. A partir do alinhamento entre esses objetivos, é possível traçar uma série de ações e apresentar estruturas que sejam condizentes com o que foi definido. 

Durante este processo, é essencial que todas as decisões da família sejam registradas em documentos. No âmbito da empresa existe o Acordo de Sócios ou Acionistas, que prevê as principais regras, direitos e obrigações da família empresária quanto ao seu negócio e sua relação com sócios/acionistas. Já no âmbito familiar, existe o Protocolo Familiar, documento que prevê princípios e valores, condutas esperadas dos membros, entre outras disposições que sejam pertinentes para a manutenção do legado da família. 

A partir da criação e do pleno conhecimento sobre estes documentos dentro da família, a relação é facilitada. É como diz o ditado: “o combinado não sai caro”. O ideal é buscar elaborar estes documentos em momentos menos sensíveis, pois é quando eles tendem a ser mais assertivos. Assim, no caso de disputas familiares, todos já têm consciência sobre o patrimônio e o legado da família.

A constante aplicação da governança na estrutura familiar, com comitês e fóruns bem definidos, permite um diálogo mais aberto, com uma melhor mediação dos conflitos e um processo de tomada de decisões mais estruturado, pautado em argumentos fortes e bem definidos. Se a família de Succession fizesse uso dessas ferramentas, certamente a trama seria bem diferente!

O processo de criação, implementação e manutenção destas estruturas, embora, em muitos casos, seja necessário, não é fácil. Por isso, muitas vezes, contar com o apoio de profissionais especializados é essencial. 

Se sua família não quer se deparar com uma situação semelhante à da família Roy e precisa de ajuda para entender quais as melhores soluções para vocês, o SOMMA Multi-Family Office pode ajudar. Entre em contato com nossos especialistas para saber mais.

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