Investimentos Internacionais na nova gestão de Donald Trump

Investimentos internacionais na era de Donald Trump

Em apenas 10 dias do seu segundo mandato, o presidente recém eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, já tem provocado uma agitação nos negócios e mercados globais. E há uma grande expectativa para valorização dos ativos financeiros americanos, favorecendo os investimentos internacionais na nova era de Donald Trump.

O indicador mais aguardado na esfera de investimentos internacionais é a decisão sobre o nível da taxa de juros americana, a qual está entre 4,25% e 4,5% atualmente. Até o último trimestre de 2024 havia uma previsão de quatro cortes de 0,25 ponto percentual ao longo de 2025, agora estima-se apenas dois cortes e há ainda quem acredite na ausência de cortes. Na reunião do Fed desta quarta-feira, dia 29/01, não houve modificação e mantiveram a taxa de juros inalterada.

Neste contexto, a renda fixa americana pode ser uma oportunidade atrativa para investimentos, em especial os títulos soberanos com vencimentos mais curtos, de até 3 anos, assim como as emissões corporativas high grade (que possuem menor risco de crédito). Por outro lado, as medidas esperadas do novo governo tendem a favorecer de forma mais acentuada o mercado de ações americanas. Por fim, as medidas devem, ainda, fortalecer o dólar americano frente às demais moedas tanto de países desenvolvidos quanto dos emergentes.

Dentre as medidas esperadas na segunda gestão Trump destacam-se (i) a desregulamentação, que tende a facilitar as empresas americanas a gerarem maiores resultados operacionais, (ii) uma possível redução no imposto de renda corporativo, que aumentaria o lucro líquido das empresas e (iii) a ameaça de aumento das tarifas de importação sobre determinados produtos, que geraria uma maior competitividade das empresa locais.

Existe grande expectativa com relação ao setor de tecnologia, em particular sobre a inteligência artificial. Está armado um campo de batalha, tendo como principais atores de um lado os EUA e de outro a China. Vários fatores podem impactar o desenrolar desta batalha e é saudável não concentrar os investimentos em apenas um dos lados. É importante olhar a estratégia de diversificação, considerando outras regiões da Europa e da Ásia na montagem das carteiras de investimentos.

Recomendamos a visualização do vídeo abaixo, uma entrevista concedida ao programa Wealth Point, da NeoFeed, para acompanhar o raciocínio por trás destas apostas:

O investimento internacional amplia o horizonte do investidor, traz equilíbrio entre o risco/retorno das carteiras e deve ser feito de forma estruturada, ou seja, permanente e independente apenas às condições dos mercados atuais.

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Colaborado por Luiz Osório, CIO e Gestor de Fundos Internacionais da SOMMA Investimentos

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