As 4 Fases da Gestão de Carteiras de Investimentos

Em 2019 observamos um número recorde de CPFs registrados na B3, Bolsa de Valores Brasileira, ou seja, novos investidores para o mercado financeiro e um fluxo cada vez maior de recursos que antes estavam alocados em ativos de baixo risco, especialmente em cadernetas de poupança.

Apesar da atual crise econômica, é possível observar uma demanda crescente de pessoas almejando maiores retornos, porém sem saber como escolher obtê-los e os riscos atrelados aos ativos que podem potencialmente entregar altos retornos, levando, muitas vezes, à alocação de um percentual significante de seu patrimônio em ativos de Renda Variável sem estarem preparadas para a volatilidade desse mercado. Há ainda outras que não possuem interesse em gerir seus investimentos e preferem se dedicar a sua principal fonte de renda ou aposentadoria, demandando, então, profissionais que façam a alocação de seus recursos.

No caso da terceirização da alocação dos investimentos, chamamos de Gestão de Carteiras de Investimentos. Esse serviço geralmente é composto por uma análise do portfólio prévio do cliente quando existente, uma proposta de realocação dos recursos ou alocação para os novos aportes e a manutenção e acompanhamento da carteira atual junto a bancos e/ou corretoras.

FASE 1 – ANÁLISE DA CARTEIRA ANTIGA

De início, realiza-se um levantamento da posição do cliente em todos os bancos e corretoras para ter uma visão completa dos seus investimentos e apresentar a proposta de nova carteira.

Além disso, gera-se dados quantitativos, tais quais sua composição percentual, volatilidade, retorno acumulado, entre outras informações. Todas elas auxiliam o gestor a analisar o portfólio e sugerir mudanças oportunas com base no objetivo, perfil e realidade do cliente.

FASE 2 – PROPOSTA COM MUDANÇAS E NOVAS ALOCAÇÕES

Após conhecer a carteira atual, o gestor se dedica a formular alterações para a carteira do cliente frente seus desejos, aversão a risco e as expectativas do cenário econômico — tudo isso respeitando os limites de Suitability — definidas pela gestora contratada.

Dependendo da forma de gestão, o gestor poderá apresentar sua proposta em reunião com o cliente para aprovação das alterações e possíveis ajustes, ou agir de maneira independente e iniciar a alocação e mudanças na carteira atual, de forma a cumprir os prazos solicitados para resgates de determinados produtos sempre buscando minimizar prejuízos ao cliente.

FASE 3 – EFETIVAÇÃO DAS MOVIMENTAÇÕES

Neste momento são operacionalizadas as mudanças da fase 2, ou seja, é realizada a venda dos ativos que não pertencerão mais a carteira e a compra dos novos produtos sugeridos. No final desta fase, a nova carteira é estruturada e restará ao gestor continuamente executar a manutenção e acompanhamento do portfólio como um todo, sendo essa a última etapa.

FASE 4 – MANUTENÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA CARTEIRA

Por fim, tem-se a preocupação de acompanhar frequentemente a carteira do cliente e intervir quando necessário.

Pode-se ter, nesse momento, a estruturação de relatórios (diários, mensais, semestrais etc) para acompanhamento do retorno e risco tomado, além da composição da carteira e outras informações pertinentes. Esse é um processo que permeia todo o período em que o serviço de gestão estiver sendo prestado.

MATURAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

Outro assunto importante diz respeito a uma diretriz quase unânime entre os gestores profissionais do mercado: não mudar de estratégia antes da sua maturação.

Precisamos lembrar que quando falamos em gestão de investimentos, estamos tratando da definição de uma estratégia de alocação para obter ganhos em um determinado período. Geralmente as estratégias tem um período longo para retornar ganhos expressivos e fazer grande diferença no patrimônio. Por conta disso, conseguimos observar um crescimento exponencial do patrimônio do cliente ao longo dos anos dado à se manter firme em posições que façam sentido e ajustar aquelas que perderam fundamentos.

Dessa forma, se poucos dias após a compra de um ativo o cliente ou gestor decidir resgatar, não estará aguardando o tempo necessário para esse investimento prosperar e poderá acabar tendo prejuízo, uma vez que a venda do produto pode acarretar em despesas com IOF, corretagem ou emolumentos, além de outras taxas que podem ser cobradas se a saída acontecer antes do prazo mínimo de resgate. Por esses motivos, é sempre importante pensar com cuidado antes de efetuar as alocações, sendo imprescindível definir em quais situações deverá ser realizado resgate ou aportes em um determinado ativo.

Tendo em mente as informações que trouxemos nesse post, acreditamos que você conseguirá acumular um patrimônio maior do que aqueles que movimentam incessantemente suas carteiras e acabam entregando dinheiro aos bancos, corretoras e governo por meio de taxas e impostos. Além disso, ter um gestor profissional com uma filosofia de longo prazo lhe propicia a segurança e calma para entender que investir se trata de um processo que demora para maturar, porém pode lhe garantir retornos interessantes possibilitando, por exemplo, ter uma boa aposentadoria ou viver da renda do seu patrimônio.

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